Há várias formas de falarmos sobre Moçambique. Podemos pegar os dados do Banco Mundial e, pelo viés econômico, reafirmar a já tão conhecida pobreza, os baixos índices de desenvolvimento humano e esses todos parâmetros costumeiramente usados.
Porém, para Renato Garcia, Moçambique possui muitas riquezas. O presidente da TAP ficou maravilhado com a beleza natural com a qual se deparou ao chegar ao país. “A primeira cena que marca muito quando você está chegando em Moçambique, em especial na cidade de Pemba, é a beleza natural que existe lá. Você vê o mar, você vê a vegetação. O lugar é muito lindo mesmo! Uma das vistas mais bonitas que já vi na vida foi de cima do avião, a visualização da região.”
Segundo o site português a próxima viagem, Moçambique é um autentico paraíso. Isso graças a vasta diversidade paisagística que mescla um espetáculo de dunas sobre um mar de águas transparentes que varia entre o azul-turquesa e o verde-esmeralda. Jacarandás, flora e fauna únicas – algumas ameaçadas de extinção. Barreira de coral e ilhas. Além disso, Moçambique é um país rico em ouro e diamantes. Existe uma excelente seleção de joias e a oportunidade de ver os ourives em ação.
Já Ana Curi – brasileira que há 10 anos mora em Pemba – concorda e acrescenta, “É uma das praias mais bonitas que já vi. A gente pode equiparar com as praias do nordeste.” Ela lembra das primeiras cenas com as quais se deparou ao chegar na nação africana, ao sair do aeroporto, na caçamba de um caminhão. Havia apenas uma pequena região central de ruas asfaltadas. Atualmente, o desenvolvimento tornou irreconhecível alguns lugares. Para a brasileira, a riqueza que se vê nas pessoas de Pemba é algo tremendo. “O moçambicano pode estar com fome, pode estar doente, mas ele sempre estará sorrindo.”, relata Ana.
O artesanato local é uma das mais latentes expressões dessa riqueza. Esses incluem máscaras, esculturas e ornamentos à base de madeira, mármore, malachite e fio, também há cerâmica, pinturas e cestos. Porém, o mais popular mesmo é a capulana, tecido característico de Moçambique. Multiuso, rico em cores e estampas, faz parte integrante do dia-a-dia da mulher moçambicana. Seja para cingir o corpo, servindo às vezes de saia, podendo ainda cobrir o tronco e a cabeça. É comum a capulana ser usada para carregar as crianças pequenas junto ao corpo da mãe.
Nem sempre as crianças moçambicanas são vistas junto à mãe. “Isso é um aspecto curioso. As crianças são muito independentes lá.” – observa Renato Garcia. “No Brasil, a gente não deixa uma criança de 4 ou 5 anos andando sozinha na rua. No entanto, em Moçambique isso é uma coisa comum. Não só isso, mas crianças maiores, carregando crianças menores.”
Apesar de tanta riqueza, a corrupção é algo chocante e meios eficazes para o desenvolvimento do potencial humano são escassos. Há necessidade de educação com mais qualidade, ambiente para lazer, ambiente cultural. “O que mais me maravilhou sobre Moçambique foi a perspectiva de ver, no futuro, uma realidade diferente. Eu acredito que ali pode ser diferente. Há uma abertura, acima de tudo espiritual, para ser feito isso lá. Creio que é algo que existe no coração de Deus para aquela nação a ponto de Deus estar levando a gente pra lá. Há um desejo no coração do Pai nesse sentido e isso é muito maravilhoso.”, acrescenta Renato.
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